Artes Marciais


Muay Thai

Historia

Significado da palavra MUAY THAI: Arte livre O Muay Thai, o qual também é conhecido como Thai Boxing em alguns países como Estados Unidos e Inglaterra, é muito conhecido no Brasil como Boxe Tailandês e é uma Arte Marcial Tailandesa com mais de 2.000 anos de idade. A origem do Muay Thai confunde-se com a origem do povo Tailandês.
Existem várias versões sobre a origem do Muay Thai. A mais aceita pela maioria dos Mestres de Muay Thai e também por vários historiadores Tailandeses é a seguinte: Segundo os Tailandeses, a origem de seu povo é a província de Yunnam, nas margens do rio Yang Tsé na China Central. Muitas gerações atrás eles migraram da China para o local onde atualmente é à Tailândia em busca de liberdade e de terras férteis para agricultura. Do seu local de origem, a China, até o seu destino, os Tailandeses foram constantemente hostilizados e sofreram muitos ataques de bandidos, de Senhores da Guerra, de animais, e também foram acometidos de muitas doenças. Para protegerem-se e manterem à saúde, eles criaram um método de luta chamado “Chupasart”. Este método de luta e autodefesa fazia uso de diversas armas como, por exemplo: espadas, facas, lanças, bastões, escudos, machados, arco e flecha, etc. No treinamento do “Chupasart”, frequentemente ocorriam acidentes que causavam algumas vezes graves ferimentos aos praticantes. Para que eles pudessem treinar sem ferir-se, os tailandeses criaram um método de luta sem armas, o percursor do atual Muay Thai.
Assim eles podiam exercitar-se e treinar mesmo em tempos de paz e sem o risco de ferir-se. No início, o Muay Thai era muito parecido com o Kung Fu Chinês. Um fato normal levando-se em conta à origem do povo Tailandês.
O antigo Muay Thai utilizava-se de golpes com as palmas das mãos, ataques com as pontas dos dedos, imobilizações e mãos em garras para segurar o oponente. Com o tempo, ele foi modificando-se e transformou-se no estilo de luta que é hoje. Em muitos períodos da história tailandêsa o Muay Thai foi muito popular entre os tailandeses. Principalmente no período do Rei Pra Chao Sua ou “Rei Tigre” como era mais conhecido. Ele foi um dos maiores lutadores de Muay Thai da história. Durante o seu reinado o Muay Thai fazia parte da preparação militar e era ensinado em todas as escolas. Outro grande lutador de Muay Thai foi um lutador chamado Nhai Khon Tom. Segundo as lendas ele foi capturado pelos Birmaneses durante um dos inúmeros conflitos entre os Birmaneses e os Tailandeses. Quando capturado, foi-lhe oferecida a liberdade se ele conseguisse derrotar alguns lutadores Birmaneses. O resultado foi que ele foi libertado após vencer seguidamente 12 lutadores Birmaneses. Até por volta de 1920 os lutadores não usavam luvas e nem qualquer outro tipo de proteção. Os lutadores simplesmente usavam tiras de algodão, tiras de cânhamo ou de crina de cavalo enroladas nas mãos.
Alguns antigos treinadores falam que em algumas lutas antigas, os lutadores faziam uso de cola e vidro moído nas ataduras. Mas, isso não é totalmente confirmado pela maioria dos historiadores. Algumas vezes também eram utilizadas cascas de cocos como protetor genital. As lutas não eram divididas por pesos e também não existiam intervalos durante as lutas, os lutadores lutavam até que um dos lutadores fosse nocauteado, sofresse uma grave lesão ou até à morte de um deles. Após 1920, algumas regras de boxe inglês foram adaptadas para o Muay Thai devido ao alto grau de lesões que estavam ocorrendo entre os lutadores. Dentre elas as divisões por peso, o uso de luvas, a inclusão dos rounds e também a inclusão do árbitro central juntamente com os juízes laterais. Mas, muitas coisas restaram das antigas lutas, como o uso de um conjunto musical com antigos instrumentos e que serve para dar o ritmo da luta. Conforme a luta está muito amarrada, sem ação, os músicos aumentam o ritmo de sua música para aumentar o ritmo de luta dos lutadores. Este conjunto é formado pelos seguintes instrumentos: três tipos de tambores diferentes, címbalos e flautas de “Java”. Outra tradição mantida é o uso do Wai Kru. O qual é uma dança ritual que serve para homenagear o treinador, seus pais, sua escola de Muay Thai, os antigos lutadores de seu ginásio, seus professores na escola, etc.
Outra tradição que é mantida no Muay Thai é o uso do “Mongkon” O “Mongkon” é uma faixa a qual é colocada na cabeça dos lutadores para protegê-los antes da luta e que é retirada após o Rammuay. A “Kruang” é uma corda trançada que é colocada em um ou nos dois braços do oponente também com o objetivo de proteção, suas cores estão relacionadas com as preferências de cores do lutador, no Brasil é usado como graduação. A “Kruang” não é retirada após o Rammuay, como o “Mongkon”, ela permanece com o lutador por toda a luta. Na Tailândia as academias e ginásios são chamados de “campos”.
Por isso é muito comum ler-se em livros e revistas de Artes Marciais internacionais citações ao nome de alguns “campos” de Muay Thai. Na verdade, tratam-se de ginásios de Muay Thai. Na Tailândia a rotina em um ginásio é muito diferente da rotina do ocidente.
Os lutadores geralmente começam seu treinamento com a idade de 6 ou 7 anos. Eles quase sempre se mudam para o ginásio, morando em alojamentos junto com outros lutadores. A parte do treinador é providenciar: comida, roupas, acompanhamento médico, e estudo para o lutador.
Em troca disto, o lutador deve simplesmente treinar arduamente e também cuidar da limpeza do ginásio. Mas, o maior compromisso deste lutador é esforçar-se para ser o melhor lutador, um verdadeiro campeão. Quando o lutador vai lutar, geralmente uma vez por mês, ele concorre à um prêmio em dinheiro, este prêmio é dividido entre o lutador e o seu treinador. Sendo que a maior parte do dinheiro vai para o treinador.
Na Tailândia também é permitido apostar nas lutas, e o treinador geralmente também aposta em seu próprio lutador, conseguindo assim mais algum dinheiro. Em toda à Tailândia existem milhares de campos de treinamento, cada campo é dirigido por um treinador principal, que também conta com a ajuda de seus auxiliares e com o gerenciamento de um promotor, o qual promove os lutadores deste campo. Mas, muitas vezes o treinador também é o promotor do ginásio. Em Bangkok existem dois grandes estádios aonde se podem ver lutas de Muay Thai, eles são o Lumpini e o Rajadamnerm, Cada um deles tem lutas em dias diferentes. Alguns dias por semana, principalmente aos domingos, também passam lutas de Muay Thai pela televisão.
Na Holanda precisamente em Amsterdã existem muitas academias de Muay Thai, Onde muitas delas participam do evento K-1, na qual a Holanda é a grande campeã dos títulos deste evento, que hoje é o maior evento do mundo. Na relação de países onde o Muay Thai é mais desenvolvido é mais ou menos à seguinte: Tailândia, Holanda, Austrália, Inglaterra, França, Brasil, Japão, Coréia, Estados Unidos, etc.
Significado da palavra MUAY THAI: Arte livre MONGKON: É uma corda trançada em forma de coroa com uma ponta que é usada e colocada na cabeça dos lutadores, na qual pertence ao seu treinador. É retirado pelo treinador antes de se iniciar o combate e simboliza toda a energia, gratidão e dedicação daquela escola com o passar dos anos, ou seja, o Mongkon é o símbolo material da perseverança e honra de seus ancestrais. RAM MUAY: É uma dança e o ritmo musical tocado, um ritual que antecede um combate. O Muaythai segue a doutrina budista em suas saudações e costumes. Seu ritmo lento cujos movimentos servem de concentração para ambos os lutadores, sendo acompanhado por uma musica típica tailandesa após o WAI KRU (a baixo verá significado), o boxeador ajoelha-se com a face voltada em direção à sua escola, cobre os olhos com as luvas e recita curtas orações (cada escola tem sua forma de apresentação, executando movimentos diferentes). KRUANG ou PRAJIED: É uma corda trançada que é usada em um ou nos dois braços (bíceps) do boxeador. Na qual tem a finalidade de mostrar o nível de graduação do boxeador. Segundo os tailandeses, após benzê-lo e fazer alguns banhos com ervas sagradas, tem a finalidade de proteger o lutador. Na Tailândia o Prajied é usado como proteção e também como graduação no Brasil. WAI KRU: Significa respeito ao professor (Whai Significa respeito e Kru Significa Professor), é um ritual característico do Muay thai, que resume claramente a essência espiritual e cultural dos ancestrais guerreiros tailandeses. O Whai Kru é realizado sempre antes do inicio das lutas e é acompanhado pela musica tradicional tailandesa que possui um ritmo lento e marcado.


                                                      JIU-JITSU


A arte marcial de jiu jitsu conhecida como jujutsu não foi assim chamada senão por volta do século XVII, quando o termo foi composto para designar no Japão aquelas habilidades de luta que não envolviam a utilização de armas. Nesse contexto, a denominação acabou por reunir sob sua bandeira uma grande variedade de estilos de combate, que se tinham desenvolvido até aquele momento.
Se se sabe dentro de qual cércea o jujutsu foi formado numa arte marcial, por outro lado não se pode apontar em qual momento histórico esse processo iniciou-se nem qual foi a semente. É aceito, contudo, o facto de que as culturas que entraram em contacto intercambiavam elementos e dentro desses elementos estavam as disciplinas marciais. Destarte, posto que não formalmente, existiu esse contubérnio porque havia a migração de pessoas, comerciantes, pescadores, agentes diplomáticos etc. Ou, ainda, durante os conflitos e encontros bélicos em que s'envolveu o Japão, porque, depois dum embate, vencedores e vencidos, como consequência lógica, buscavam aprender e apropriar-se daqueles métodos eficazes no campo de batalha.[8][9]
ÍndiaChinaMongólia e demais países da região, vez por outra, entraram em conflito, pelo que as artes marciais eram um importante aspecto de suas culturas. De qualquer forma, a despeito de os enfrentamentos darem-se tendo como atores forças militares, armadas, a luta desarmada formou-se e não somente composta por golpes traumáticos mas com golpes de arremesso e imbolização, como era o jiaodixi mongol. Na China, no Templo Shaolin, surgia o chuan fa (em chinês拳法), isto é, o kung fu (denominção mais comum no Ocidente), como arte marcial mas também esporte e condicionamento físico, que, na verdade, é mais um gênero, pois sob essa denominação coexiste uma grande miríade de estilos variados, que praticam exercícios e golpes também muito variados, como maior ou menor ênfase em determinado conjunto de movimentos ou forma de os aplicar.[8]
Espada japonesa mostrando a lâmina manga habaki e a mão guarda tsuba
Recuando um pouco, há menção de que, entre os séculos III e VIII AEC, uma arte de combate corpo-a-corpo sabe-se que era praticada na China e essa arte era impregnada de técnicas similares às do jujutsu[10]
Algumas das habilidades treinadas eram, sem dúvida, golpes de luxação, controle e projeção. Tanto que se desenvolveu uma arte marcial particular, a qinna, e nesta podem ser encontradas as raízes do que viriam a ser o judô e o aiquidô.[11] Pero o conjunto chamado de qin'na era mais propriamente uma das disciplinas marciais que compunham o gongfu de Shaolin, ou seja, esse tipo de golpe era praticado como mais uma das habilidades que os monges deveriam exercitar. Com o tempo, porém, passou a trilhar uma via mais ou menos particular: dependendo de onde se treinava (um mosteiro, por exemplo), o instrutor (ou mestre encarregado) dava maior ou menor a certo currículo, em decorrência de suas experiências pessoais ou dos mestres anteriores.[12]
Certas técnicas e/ou artes marciais parecem ter migrado às terras nipônicas desde Índia e China, pricipalmente, já em meados do segundo século AEC, sendo adaptadas ao feitio local, com o descarte de movimentos plásticos e, eventualmente, desnecessários, para a compilação de conteúdo mais pragmático e voltado ao resultado eficaz num ambiente de conflito.[10]
No Japão feudal, que grosso modo foi marcado pela predominância de uma classe guerreira, os samurais, o modo de vida estabeleceu-se para atribuir a cada classe social uma função típica e essencial para o funcionamento como um todo do sistema, mais ou menos enrijecido.
Deste modo, a sociedade foi organizada tendo como o topo a figura do Imperador, que detinha tanto os poderes político e militar quanto a supremacia religiosa, mas, dependendo da época, esse poder militar e consequentemente o político eram assumidos pelo xogum. Em nome desde, e eventualmente do imperador, existiam os daimiôs, os senhores feudais propriamente ditos, e estes controlavamcum séquito de samurais. Abaixo destes, quando sem um líder, vinham os ronin. Sustentando a economia, vinham os camponeses, a grande maioria, que incluía desde os agricultures e pecuaristas aos pescadores e demais pessoas sem posses. Depois, vinham os artesãos que, apesar de fazerem os utensílios e ferramentas usados pelos demais, porque não produziam alimento eram mal-vistos. Por fim, vinham os mercadores.[13]
Nesta cércea, a despeito de sua condição privilegiada, na qual um samurai não trabalhava e era sustentado por um senhor, e as classes abaixo de si deviam-lhe respeito e deferência no cotidiano, durante os momentos em que não eram necessárias suas habilidades de combate, a eles não era permitido procurar outras atividades que não as próprias de sua classe/condição.[14]
Os guerreiros japonesas viviam para um único propoósito: atuar no campo de batalha. Bem assim, praticavam diversas disciplinas: kenjutsu (manuseio de espada - katana), battojutsu (corte com a espada), iaijutsu (saque da espada), kyujutsu (emprego de arco), bojutsu (emprego de bastões), naginatajutsu (emprego da alabarda — naginata), sojutsu (emprego da lança - yari) e a luta desarmada.[15] Entrementes, a luta desarmada não recebia o nome jujutsu ainda, mas se desenvolveu como as demais disciplinas em escolas ou linhagens particulares, conhecidas por koryu ou kobudo.[16].
Nesse meio tempo, as lutas desarmadas (ou que se tornaria o jujutsu) eram identificadas por vários nomes, como torite (捕手?), kumiuchi (組討?), taijutsu (体術?), kogusoku koshinomawari (小具足腰之廻?) ou wajutsu (和術?).[17][18]
combate corpo-a-corpo desarmado evoluiu, portanto, como consequência natural de um processo de aperfeiçoamento. Esse movimento repetiu-se em diversas paragens, no Japão e noutros países, tal como sucedeu em Oquinaua, onde era praticada uma arte marciail muito próxima em características ao jujutsu, o gotende, que era típica da elite do reino de Ryukyu e conhecida como exclusiva da corte e muitas vezes referida como torite.
O termo jujutsu não foi cunhado senão até o século XVI, quando surgiu o koryu Takenouchi-ryu, reunindo os golpes aplicados co'as mãos desnudas, uma arte suave, e para diferenciar das disciplinas consideradas rígidas. Ou seja, além das habilidades com armas, como a katana ou a jitte, que seriam as artes duras ou rígidas, ou kojutsu (固術?), que visavam provocar uma ferida cortante, contundente, perfurante etc., dever-se-ia estudar as lutas sem armas, que seriam por sua vez as artes suaves, ou jiujitsu, que não buscavam exatamente magoar seriamente o adversário mas subjugá-lo com o menor gasto de energia.[8]
Houve vários fatores que influiram no surgimento da arte. Durante Idade médiaIdade moderna, quando não havia guerras ou querelas nas quais se necessitava dos préstimos dos samurais, estes eram vistos ou se sabia de seu envolvimento em confusões e maus hábitos, como a embriaguez. Esse tipo de acontecimento veio tornar-se mais comum e aparente por ocasião do Xogunato Tokugawa, no século XV, quando, após o estabelecimento de um governo central forte, houve um longo período sem disputas maiores. Se os maus comportamentos dos samurais eram tolerados as épocas anteriores, o mesmo não se deu com a aproximação da Idade contemporânea.
Sucedeu, contudo, que sobreveio a Restauração Meiji, pelo que o último shogun perdeu prestígio e poder político-militar e com esse advento todo o modo de vida pretérito, a restarem em posição marginal tudo aquilo que o simbolizava: os samurais dasceram na escala social.[19] Os acontecimentos daquele período foram o último catalisador.
Por fim, durante a transição do século XIX ao XX, um mestre de jiu-jitsu com reconhecimento veio a modificar a arte marcial, inserindo-lhe e dando maior relevo a princípios filosóficos e pedagógicos: mestre Jigoro Kano criou o que, por motivos políticos, ficou conhecido como judô.[1]
Morihei Ueshiba
E outro grande mestre, Morihei Ueshiba, reuniu seus conhecimentos de jiu-jítsu, tendo por espeque o estilo Daito-ryu, e, de modo expletivo, a outras artes marciais e formou uma nova modalidade, o aiquidô, que é uma forma de jujutsu bem mais suave que o judô, com ênfase no controle da energia (ki), conceitos sobre a maneira dessa energia fluir, como dosen e tai sabaki, e projeções focadas mais no próprio adversário.[20]
Gichin Funakoshi
Além de evoluir na direção de modalidades neófitas, o jiu-jitsu, no começo do século XX, sofreu grande influência do caratê, pelo que notáveis mestres de jiu-jitsu passaram a praticar e estudar profudamente a arte oquinauense, tornando com o tempo grandes mestres também nas duas vertentes, como foi o caso dos mestres Yasuhiro Konishi e Hironori Otsuka, que criaram respectivamente dois estilos de caratê, Shindo jinen ryu e Wado-ryu, que mesclam aspectos de ambas. Não se pode olvidar ainda que o mestreGichin Funakoshi, maior divulgador do caratê no Japão, ensinou seu estilo no centro Kodokan e eventualmente estudou com Jigoro Kano, e até adoptou algumas técnicas de nage waza.








                        BOXE



Remontando aos séculos XVIII e XIX, quando de seu nascimento na Inglaterra, o boxe era praticado com as mãos nuas. Essas lutas com as mãos descobertas eram frequentemente brutais, de modo que o boxe acabou sofrendo intensas mudanças em 1867, com a formulação das Regras de Queensberry, que previam rounds de três minutos, separados por um intervalo de um minuto, além do uso obrigatório das luvas. Essas regras entraram em vigor em 1872.
O boxe foi primeiramente considerado um desporto olímpico em 688 a.C., na 23ª olimpíada da antiguidade; seu vencedor foi Onomastus de Esmirna, que foi quem definiu as regras do esporte.[1] Posteriormente, quando houve o ressurgimento dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, nas Olimpíadas de 1896, em Atenas, o boxe não foi incluído como uma das modalidades da competição.[2] O boxe então somente retornou nas Olimpíadas de 1904, a terceira da Era Moderna, em St. Louis, e desde então foi praticado em todas suas edições posteriores, com exceção às Olimpíadas de 1912, em Estocolmo.
muay thai (lit. boxe tailandês) descende de uma arte marcial tailandesa chamada muay boran (lit. boxe antigo), que incorporou regras e movimentos do boxe inglês. Os golpes dados com os punhos são praticamente os mesmos, porém em uma luta de muay thai é permitido usar os cotovelos, os joelhos e as canelas para golpear os adversários.

                                                                   Wrestling

Mas a luta greco-romana, na verdade é um dos estilos praticados dentro da luta olímpica, que possui também o estilo livre. A diferença entre o estilo livre e greco-romano, é que no primeiro são permitidos ataques no corpo inteiro, e no segundo, apenas da cintura para cima. Basicamente a luta tem como objetivo derrubar seu adversário sem o uso de socos, chutes ou golpes traumáticos, e imobilizá-lo no solo com as costas encostadas. Por isso os atletas praticantes desta modalidade tem o desenvolvimento das capacidades motoras, raciocínio, agilidade, destreza, conhecimento corporal, força explosiva, isometria, flexibilidade, além de uma sociabilização e uma maior auto-confiança.

A história antiga conta que o homem primitivo, com um comportamento simples como o de um animal, começou a associar sua experiência e sua observação com a finalidade de desfrutar da própria força da natureza para sua sobrevivência, então teve que lutar para viver. De acordo com Auguste Comte, grande filósofo francês, para se entender uma idéia deve-se conhecer a história. A origem do Wrestling vem sendo feita desde que o homem começou a tomar consciência do mundo ao seu redor e começou a tentar entender as relações existentes neste mundo, e a desenvolver conceitos como o da causa e efeito. Gradualmente, começou-se a entender a importância vital das qualidades físicas e, particularmente, a habilidade de se saber derrubar, dominar, e contra-atacar em conflitos com outros seres humanos ou animais. 
O desenvolvimento de movimentos artificiais (pegadas, quedas, domínios, fixação de base), dentro das possibilidades genéticas, foi uma das mais importantes descobertas da mente humana, e ao mesmo tempo, um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento intelectual que se seguiu para toda a humanidade.
Através do tempo o instinto de luta foi gradualmente crescendo e criou-se então a necessidade de se organizar treinos e competições de luta. Segundo os historiadores, tal organização começou para se proteger a vida e a saúde dos lutadores. A luta tradicional é o resultado de um processo universal e histórico, é parte integral da vida humana e seu dia a dia, e seu desenvolvimento multilinear e heterogêneo é resultado das condições sociais, nas quais a luta foi moldada.
Segundo famosos historiadores, todas as formas de arte de guerra, surgiram dos conhecimentos de Wrestling, partindo-se do princípio que uma arma nada mais é do que a extensão de seu braço ou mão, e ainda antes das armas serem desenvolvidas, os homens já se enfrentavam com as mãos limpas e somente com a coragem que possuíam.
A luta olímpica é considerada por muitos como a mãe de todas as lutas, porque surgiu com o homem, e esta técnica criada por ele era simples e com o passar dos tempos evolui, junto com a humanidade. Quando o Imperador Teodósio encerrou as Olimpíadas Gregas, a 394 D.C., terminava também ali uma das mais ricas etapas da história e do esporte. A luta esportiva surgiu no segundo milênio antes de Cristo, e fez parte de toda civilização egípcia, como mostra o afresco com 400 figuras na tumba de Benni Hassan - 2160 a 1780 a.C. Foi incluída no programa de disputas das Olimpíadas em sua 18a edição, no ano 708 antes de Cristo, sendo disputada em três categorias - adulto, pancrácio e adolescente. No mundo romano dos sete Reis, eram comuns as disputas de lutas. Um dos mais apaixonados pela modalidade, e que também mais praticava era o Imperador romano Nero, fazendo com que a luta de maior interesse era aquela entre gregos e romanos. O primeiro Imperador romano Augusto promovia, no Campo de Marte de Roma, combates de luta ao estilo das Olimpíadas. Os famosos gladiadores desta Era utilizavam a luta greco-romana em seus confrontos nas arenas.

Como pudemos ver, o Wrestling sempre esteve ligado com o próprio desenvolvimento e evolução da sociedade, sempre foi um símbolo de poder e virilidade para as pessoas, e sempre associado a uma forma de se aumentar a capacidade produtiva, melhorar a saúde e implantar o espírito de luta nos mais jovens.
O Wrestling, por ser um esporte bastante acessível, e por necessitar de pouco material para sua prática, se tornou um esporte natural e se desenvolveu mundo afora. Hoje em dia o Wrestling em seus estilos Olímpicos (Estilo Livre, Greco-Romano e Luta Feminina), vem sendo praticado nos quatro cantos do planeta, sendo reconhecidos e filiados à FILA 142 países.
Várias personalidades históricas famosas praticaram a luta , como: Alexandre “O Grande”, Sócrate, Pilates, Aristóteles, Platão, Lenin, Napoleão dentre outros.

                                                         CAPOEIRA


A história da capoeira provavelmente começa com o início da escravidão africana no Brasil. A partir do século XVI, Portugal começou a enviar escravos para as suas colônias, provenientes primariamente da África Ocidental. O Brasil, com seu vasto território, foi o maior receptor da migração de escravos, com quase quarenta por cento de todos os escravos enviados através do Oceano Atlântico. Os povos mais frequentemente vendidos no Brasil faziam parte dos grupos sudanês (composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé), guineo-sudanês, dos povos Malesi e Hausa e do grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes), provenientes dos territórios localizados atualmente em Angola, Congo e Moçambique.[carece de fontes]
A capoeira ainda é motivo de controvérsia entre os estudiosos de sua história, sobretudo no que se refere ao período compreendido entre o seu surgimento e o início do século XIX, quando aparecem os primeiros registros confiáveis com descrições sobre sua prática. [2]

[editar]Origem

Jogar Capoeira ou Danse de la Guerre, de Johann Moritz Rugendas, de 1835
No século XVI, Portugal tinha um dos maiores impérios coloniais da Europa, mas carecia de mão de obra para efetivamente colonizá-lo. Para suprir este déficit, os colonos portugueses, no Brasil, tentaram, no início, capturar e escravizar os povosindígenas, algo que logo se demonstrou impraticável. A solução foi o tráfico de escravos africanos.[3]
A principal atividade econômica colonial do período era o cultivo da cana-de-açúcar. Os colonos portugueses estabeleciam grandes fazendas, cuja mão de obra era primariamente escrava. O escravo, vivendo em condições humilhantes e desumanas, era forçado a trabalhar à exaustão, frequentemente sofrendo castigos e punições físicas.[3] Mesmo sendo em maior número, a falta de armas, a lei vigente, a discordância entre escravos de etnias rivais e o completo desconhecimento da terra em que se encontravam desencorajavam os escravos a rebelar-se.
Neste meio, começou a nascer a capoeira. Mais do que uma técnica de combate, surgiu como uma esperança de liberdade e de sobrevivência, uma ferramenta para que o negro foragido, totalmente desequipado, pudesse sobreviver ao ambiente hostil e enfrentar a caça dos capitães-do-mato, sempre armados e montados a cavalo.

[editar]Nos Quilombos

Tela de Antônio Parreiras retratandoZumbi dos Palmares um quilombola
Não tardou para que grupos de escravos fugitivos começassem a estabelecer assentamentos em áreas remotas da colônia, conhecidos como quilombos. Inicialmente assentamentos simples, alguns quilombos evoluíam atraindo mais escravos fugitivos, indígenas ou até mesmo europeus que fugiam da lei ou da repressão religiosa católica, até tornarem-se verdadeiros estados multiétnicos independentes.[4]
A vida nos quilombos oferecia liberdade e a oportunidade do resgate das culturas perdidas à causa da opressão colonial.[4] Neste tipo de comunidade formada por diversas etnias, constantemente ameaçada pelas invasões portuguesas, a capoeira passou de uma ferramenta para a sobrevivência individual a uma arte marcial com escopo militar.
O maior dos quilombos, o Quilombo dos Palmares, resistiu por mais de cem anos aos ataques das tropas coloniais.[5] Mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e geralmente combatendo em menor número, resistiram a, pelo menos, 24 ataques de grupos com até 3 000 integrantes comandados por capitães do mato. Foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares do governo colonial para derrotar os quilombolas. Soldados portugueses relataram ser necessário mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha técnica de ginga e luta. O governador-geral da Capitania de Pernambuco declarou ser mais difícil derrotar os quilombolas do que os invasores holandeses.[4]

[editar]A Urbanização

Com a transferência do então príncipe-regente dom João VI e de toda a corte portuguesa para o Brasil em 1808, devido à invasão de Portugal por tropas napoleônicas, a colônia deixou de ser uma mera fonte de produtos primários e começou finalmente a se desenvolver como nação.[2] Com a subsequente abertura dos portos a todas as nações amigas,[6] o monopólio português do comércio colonial efetivamente terminou. As cidades cresceram em importância e os brasileiros finalmente receberam permissões para fabricar no Brasil produtos antes importados, como o vidro.[2]
Já existiam registros da prática da capoeira nas cidades de SalvadorRio de Janeiro e Recife desde o século XVIII, mas o grande aumento do número de escravos urbanos e da própria vida social nas cidades brasileiras deu à capoeira maior facilidade de difusão e maior notoriedade. No Rio de Janeiro, as aventuras dos capoeiristas eram de tal jeito [7] que o governo, através da portarias como a de 31 de outubro de 1821, estabeleceu castigos corporais severos e outras medidas de repressão à prática de capoeira.[2]

[editar]Libertação dos Escravos e Proibição

Original da Lei Áurea
No fim do século XIX, a escravidão no Brasil era basicamente impraticável por diversos motivos, entre eles o sempre crescente número das fugas dos escravos e os incessantes ataques das milícias quilombolas às propriedades escravocratas. O império Brasileiro tentou amenizar os diversos problemas com medidas como a lei dos Sexagenários e a lei do Ventre Livre, mas o Brasil invevitavelmente reconheceria o fim da escravidão em 13 de maio de 1888 com a lei Áurea, sancionada pelo parlamento e assinada pela princesa Isabel.
Livres, os negros viram-se abandonados à própria sorte. Em sua grande maioria, não tinham onde viver, onde trabalhar e eram desprezados pela sociedade, que os via como vagabundos. [8][9] O aumento da oferta de mão de obra europeia e asiática do período diminuía ainda mais as oportunidades[10] e logo grande parte dos negros foi marginalizada e, naturalmente, com eles a capoeira.[9][11]
Foi inevitável que diversos capoeiristas começassem a utilizar suas habilidades de formas pouco convencionais. Muitos começaram a utilizar a capoeira como guardas de corpo, mercenários, assassinos de aluguel, capangas. Grupos de capoeiristas conhecidos como maltas aterrorizavam o Rio de Janeiro. Em pouco tempo, mais especificamente em 1890, a República Brasileira decretou a proibição da capoeira em todo o território nacional,[12] vista a situação caótica da capital brasileira e a notável vantagem que um capoeirista levava no confronto corporal contra um policial.[11]
Devido à proibição, qualquer cidadão pego praticando capoeira era preso, torturado e muitas vezes mutilado pela polícia. A capoeira, após um breve período de liberdade, via-se mais uma vez malvista e perseguida. Expressões culturais como a roda de capoeira eram praticadas em locais afastados ou escondidos e, geralmente, os capoeiristas deixavam alguém de sentinela para avisar de uma eventual chegada da polícia.

[editar]A Luta Regional Baiana

Em 1932, um período em que a perseguição à capoeira já não era tão acentuada, mestre Bimba, exímio lutador no ringue e em lutas de rua ilegais, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história. Bimba, ao analisar o modo como diversos capoeiristas utilizavam suas habilidades para impressionar turistas, acreditava que a capoeira estaria perdendo sua eficiência como arte marcial. Dessa forma, Bimba, com auxílio de seu aluno José Cisnando Lima, enxugou a capoeira, tornando-a mais eficiente para o combate e inseriu alguns movimentos de outras artes marciais, como o batuque. Mestre Bimba também desenvolveu um dos primeiros métodos de treinamento sistemático para a capoeira. Como a palavra capoeira ainda era proibida pelo código Penal, Bimba chamou seu novo estilo de Luta Regional Baiana.[13]
Em 1937, Bimba fundou o centro de Cultura Física e Luta Regional, com alvará da secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Seu trabalho obteve aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, políticas, militares e universitárias.[13] Finalmente, em 1940, a capoeira saiu do código Penal brasileiro e deixou definitivamente a ilegalidade. Começou, então, um longo processo de desmarginalização da capoeira.
Em pouco tempo a notoriedade da capoeira de Bimba demonstrou ser um incômodo aos capoeiristas tradicionais, que perdiam espaço e continuavam a ser malvistos. Esta situação desigual começou a mudar com a inauguração do Centro Esportivo de Capoeira Angola, em 1941, pormestre Pastinha. Localizado no Pelourinho, em Salvador, o centro atraía diversos capoeiristas que preferiam manter a capoeira em sua forma mais original possível. Em breve, a notoriedade do centro cunhou em definitivo o termo "capoeira angola" como nome do estilo tradicional de capoeira. O termo não era novo, sendo, já na época do império, a prática da capoeira apelidada, em alguns locais, de "brincar de angola" e diversos outros mestres que não seguiam a linha de Pastinha acabaram adotando-o.[14]

[editar]Atualmente

Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior. Presente em dezenas de países em todos os continentes, todo ano a capoeira atrai ao Brasil milhares de alunos estrangeiros e, frequentemente, capoeiristas estrangeiros se esforçam em aprender a língua portuguesa em um esforço para melhor se envolver com a arte. Mestres e contra-mestres respeitados são constantemente convidados a dar aulas especiais no exterior ou até mesmo a estabelecer seu próprio grupo. Apresentações de capoeira, geralmente administradas em forma de espetáculo, acrobáticas e com pouca marcialidade, são realizadas no mundo inteiro.
O aspecto marcial ainda se faz muito presente e, como nos tempos antigos, ainda é sutil e disfarçado. A malandragem é sempre presente, capoeiristas experientes raramente tiram os olhos de seus oponentes em um jogo de capoeira, já que uma queda pode chegar disfarçada até mesmo em um gesto amigável.
Símbolo da cultura afro-brasileira, símbolo da miscigenação de etnias, símbolo de resistência à opressão, a capoeira mudou definitivamente sua imagem e se tornou fonte de orgulho para o povo brasileiro. Atualmente, é considerada patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.[15]

[editar]Roda de capoeira

roda de capoeira é um círculo de capoeiristas com uma bateria musical em que a capoeira é jogada, tocada e cantada. A roda serve tanto para o jogo, divertimento e espetáculo, quanto para que capoeiristas possam aplicar o que aprenderam durante o treinamento.
Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira cantando e batendo palmas no ritmo do berimbau enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do tocador de berimbau ou quando algum outro capoeirista da roda compra o jogo, ou seja, entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles.
Em geral, o objetivo do jogo da capoeira não é o nocaute ou destruir o oponente. O maior objetivo do capoeirista ao entrar em uma roda é a queda, ou seja, derrubar o oponente sem ser golpeado, preferencialmente com uma rasteira. Na maioria das vezes, entre o jogo de um capoeirista mais experiente e um novato, o capoeirista experiente prefere mostrar sua superioridade marcando o golpe no oponente, ou seja, freando o golpe um instante antes de completá-lo. Entre dois capoeiristas experientes o jogo poderá ser muito mais agressivo e as consequências mais graves.
ginga é o movimento básico da capoeira, mas além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, floreios (como o aú ou a bananeira), golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, acrobacias (como o salto mortal), giros apoiados nas mãos ou na cabeça e movimentos de grande elasticidade.

[editar]O batizado

batizado é uma roda de capoeira solene e festiva, onde alunos novos recebem sua primeira corda e demais alunos podem passar para graduações superiores. Em algumas ocasiões pode-se ver formados e professores recebendo graduações avançadas, momento considerado honroso para o capoeirista.
batizado parte ao comando do capoeirista mais graduado do grupo, seja ele mestrecontramestre ou professor. Os alunos jogam com um capoeirista formado e devem tentar se defender. Normalmente o jogo termina com a queda do aluno, momento em que é considerado batizado, mas o capoeirista formado pode julgar a queda desnecessária. No caso de alunos mais avançados, o jogo poderá ser com mais de um formado, ou até mesmo com todos os formados presentes, para as graduações avançadas.

[editar]O apelido

Tradicionalmente o batizado seria o momento em que o capoeirista recebe ou oficializa seu apelido, ou nome de capoeira. A maioria dos capoeiristas passa a ser conhecida na comunidade mais pelos seus respectivos apelidos do que por seus próprios nomes. Apelidos podem surgir de inúmeros motivos, como uma característica física, uma particular habilidade ou dificuldade, uma ironia, a cidade de origem, etc.
O costume do apelido surgiu na época em que a capoeira era ilegal. Capoeiristas evitavam dizer seus nomes para evitar problemas com a polícia e se apresentavam a outros capoeiristas ou nas rodas pelos seus apelidos. Dessa forma um capoeirista não poderia revelar os nomes dos seus companheiros à polícia, mesmo que fosse preso e torturado.
Hoje em dia o apelido continua uma forte tradição na capoeira, apesar de não ser mais necessário.

[editar]Música

Os berimbaus que regem a capoeira.
A música é um componente fundamental da capoeira. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo-os acreditar que os escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade estavam desenvolvendo e treinando uma arte-marcial para se defenderem. Componente fundamental de uma roda de capoeira, ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado. A música é criada pela bateria e pelo canto (solista ou em coro), geralmente acompanhados de um bater de palmas.
bateria é tradicionalmente composta por três berimbaus, dois pandeiros e um atabaque, mas o formato pode variar excluindo-se ou incluindo-se algum instrumento, como o agogô e o ganzuá. Um dos berimbaus define o ritmo e o jogo de capoeira a ser desenvolvido na roda. Desta maneira, é a música que comanda a roda de capoeira, não só no ritmo mas também no conteúdo.

[editar]Canções

As canções de capoeira são divididas em partes solistas e respostas do coro, formado por todos os demais capoeiristas presentes na roda. Dependendo do seu conteúdo podem ser classificadas como ladainhaschulascorridosou quadras.
ladainha, ou lamento, é utilizada unicamente no início da roda de capoeira. Parte do longo grito , seguido de uma narrativa solista cantada em tom solene. Geralmente é cantada pelo capoeirista mais respeitado ou graduado da roda. Neste momento não existe jogo, não se bate palmas e alguns instrumentos não são tocados. A narrativa é seguida pelas homenagens tradicionais feitas pelo solista (a Deus, ao seu mestre, a quem o ensinou e mais qualquer personagem importante ou fator relevante à capoeira, como a malandragem), respondidas intercaladamente pela louvação do coro e pelo início das palmas e dos instrumentos complementares. O jogo de capoeira somente pode iniciar após o fim da ladainha.
chula é um canto em que a parte solista é muito mais longa do que a a resposta do coro. Enquanto o solista canta dez, doze, ou até mais versos, o coro responde com apenas dois ou quatro versos. A chula pode ser cantada em qualquer momento da roda.
corrido, forma musical mais comum da roda de capoeira, é um canto onde a parte solista e a resposta do coro são equivalentes, em alguns casos o número de versos do coro superando os versos solistas. Pode ser cantado em qualquer momento da roda e seus versos podem ser modificados e improvisados durante o jogo para refletir o que está acontecendo durante a roda, ou para passar algum aviso a um dos demais capoeiristas.
quadra é composta de um mesmo verso repetido quatro vezes, seja três versos solistas e uma resposta do coro, seja a parte solista e a resposta intercaladas. Pode ser cantada em qualquer momento da roda.
As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano da comunidade. Algumas canções comentam o que está acontecendo durante a roda de capoeira, outras divagam sobre a vida ou um amor perdido. Outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas por diversão. Basicamente não existem regras e alunos são encorajados a criar suas próprias canções.
Os capoeiristas mudam as canções frequentemente de acordo com o que ocorre na roda ou fora dela. Um bom exemplo é quando um capoeirista novato demonstra notável habilidade durante o jogo e o solista canta o verso "e o menino é bom", seguido pelo coro com o verso "bate palma pra ele". A letra da música é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil.

[editar]Toques de capoeira

toque de capoeira é o ritmo tocado pelos berimbaus, seguidos pelos demais instrumentos. Podem ser executados desde bem lentamente (como no toque de Angola), induzindo a um jogo mais lento e estratégico, até bastante acelerados (como em São Bento Grande), induzindo a um jogo rápido, ágil e acrobatico. Podem também ter outros significados que vão além do jogo ou comandar uma roda restrita, como o toque de Iúna.
Berimbaus. Da esquerda para direita: viola, médio e gunga ou berra-boi.
Em uma roda de capoeira a forma mais usual é iniciar com o toque de Angola e subir o ritmo gradualmente, encerrando com o toque São Bento Grande em alta velocidade. Contudo não existem regras, uma roda pode manter sempre o mesmo toque ou mesmo inverter, começando de modo acelerado e terminando de modo lento.
Alguns dos toques mais comumente utilizados:

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